domingo, 23 de junho de 2013

Sociedade Brasileira de Biologia Celular

Pessoal!

Quem estiver interessado em saber o que está acontecendo no Mundo da Biologia Celular é só acessar ao site da Sociedade Brasileira de Biologia Celular. Lá vocês vão ter acesso a eventos, concursos da área e muito mais!

http://www.sbbc.org.br/

A Descoberta da Célula

Um cientista inglês chamado Robert Hooke conseguiu observar pedaços de cortiça em um microscópio composto. Ao observar a cortiça, Hooke pequenas cavidades e lhes deu o nome de "células", palavra que, em latim, significa cell = lugar fechado, pequeno cômodo. O que de fato Hooke viu era apenas o envoltório da célula, pois a cortiça é um tecido de células mortas. Alguns anos depois, mais precisamente em 1838, um botânico escocês chamado Robert Brown chegou a conclusão de que a célula era a unidade viva que compunha todas as plantas. Em 1839, o zoólogo alemão chamado Theodor Schwann concluiu que todos os seres vivos, tanto plantas quanto animais, eram formados por células. Anos mais tarde essa hipótese ficou conhecida como Teoria Celular. 

Mas ainda restava uma dúvida: "de onde originavam essas células?" Alguns pesquisadores acreditavam que as células se originavam da aglomeração de algumas substâncias, enquanto que outros diziam que as células se originavam de outras células preexistentes ( “Omnis cellula ex cellula”, que significa “toda célula se origina de outra célula”) e, em 1878 o biólogo alemão  Walther Flemming descreveu em detalhes a divisão de uma célula em duas e chamou esse processo de mitose. Dessa forma, a ideia de que as células se originavam da aglomeração de algumas substâncias caiu por terra. Baseando-se em todas essas descobertas, a teoria celular ganhou força e começou a se apoiar em três princípios fundamentais:

>Todo e qualquer ser vivo é formado por células, pois elas são a unidade morfológica dos seres vivos;

>As células são as unidades funcionais dos seres vivos; dessa forma, todo o metabolismo dos seres vivos depende das propriedades de suas células; 
>As células sempre se originam de uma célula preexistente através da divisão celular.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Classificação das Plantas: as briófitas


Classificação das Plantas



Mas hoje iremos falar apenas das Briófitas.

As Briófitas são as únicas plantas avasculares, ou seja, não possuem vasos condutores de seiva, a água, sais minerais e outros nutrientes são transportados célula a célula, limitando assim o seu crescimento.
Elas não possuem raízes mas apresentam estruturas semelhantes chamadas de rizóides, que fixam a planta no solo e absorvem água, sais minerais e outros nutrientes, elas também apresentam estruturas que lembram folhas e caules que são chamados de filóides e caulóides.
As briófitas não possuem mecanismos relacionados com o controle de transpiração intensa que outras plantas possuem e isso é um dos motivos pela qual elas são restritas a ambientes úmidos. O outro motivo da restrição a ambientes úmidos é a sua reprodução. O gameta masculino das briófitas possui flagelo, dependendo de líquidos para se locomover.

Ciclo de vida das Briófitas

Geração duradoura: Gametofítica
Geração Temporária: Esporofítica

É o gametófito que dá origem aos gametas que formam o zigoto. Do desenvolvimento do zigoto resultam os esporófitos , que produzem os esporos, que são gerados por divisão meiótica e quando maduros são libertados, caem no solo, germinam e formam a nova planta, o gametófito.

Oosfera – gameta feminino produzido pelos arquegônios
Anterozóides – gameta masculino produzido pelos anterídios




quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Metabolismo de Aminoácidos


Em primeiro lugar, peço desculpas pela demora em postar novamente.

Os aminoácidos são moléculas orgânicas que contém um grupo amino (NH4+), constituintes de outra molécula chamada proteína.
Eles são divididos em aminoácidos essências (aqueles adquiridos através da dieta) e os não-essenciais (aqueles que o nosso organismo sintetiza) onde ambos são muito importantes.
Como os aminoácidos não podem ser estocados, quando há um excesso deles na dieta eles são utilizados como fonte de energia assim como quando há uma falta de carboidratos na dieta (jejum ou diabetes melito) também usamos os aminoácidos como fonte de energia, este último caso, podendo ser aminoácidos intracelulares.
O metabolismo de aminoácidos possui uma certa peculiaridade, a presença de um grupamento amônio, quando ele é quebrado, é dividido em 2 partes:

·        Esqueleto de carbono: usado para integrar vias biossintéticas, como o Ciclo de Krebs;
·        Amônia: que entra no chamado Ciclo da Ureia.

Como a amônia é o excreta nitrogenado mais tóxico, ela é transformada em transformada em ureia para ser excretada pelo organismo, para isso precisamos do Ciclo da ureia:

Lembrando que isso ocorre no fígado.

1ª reação: condensação catalisada pela carbamoil fosfato sintetase (transformando 2ATP em 2ADP)
2ª reação: catalisada pela L-ornitina transcarbamoilase
3ª reação: uma nova condensação catalisada pela argino-succinato sintetase (transformando 1ATP em PPi)
4ª reação: uma clivagem catalisada pela argino-succinase
5ª reação: clivagem hidrolítica catalisada pela arginase hepática

Algumas enzimas são muito importantes no metabolismo de aminoácidos quando fora do fígado:

·        Transaminase ou aminotransferase: Transfere grupamentos amino de aminoácidos para α-cetoácidos;
·        Glutamina sintetase: Pega a amônia que está livre em excesso no organismo e transfere para o glutamato formando glutamina que vai para o fígado;
·        Glutaminase: Retira a 1ª amônia da glutamina assim que esta chega ao fígado;
·        Glutamato desidrogenase: Retira a 2ª amônia da glutamina depois que foi retirada a 1ª amônia.

Depois desse processo de retirada das amônias da glutamina, a amônia entra no Ciclo da Ureia como descrito acima.

DCUs (Desordens do Ciclo da Ureia)

A ausência completa de qualquer uma das enzimas do ciclo da ureia, resulta na morte do indivíduo pouco tempo depois do seu nascimento.

Outras informações importantes

ü  Neurotoxidade relacionada à amônia
Quando a amônia entra no cérebro, ela faz com que o Ciclo de Krebs caia muito, levando o neurônio a morte;

ü  Fenilcetonúria (PKU)
É uma doença genética que se caracteriza pela incapacidade do organismo em utilizar o aminoácido essencial finilalanina, umas das causas do autismo é a PKU não tratada.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Apoptose x Necrose


Apoptose x Necrose

São dois tipos de morte celular, no entanto são bem distintas:


Necrose( morte celular não programada): Após sofrer algum tipo de trauma, a célula perda parte da integridade da membrana plasmática, que permite a entrada de água no interior da célula, fazendo-a inchar assim como as suas organelas. Esse processo faz com que as organelas se rompem e extravasem os seus conteúdos para o citoplasma, começa o processo de autodigestão, no qual endossomas e lisossomas começam a degradar os constituintes citoplasmáticos. Essa degradação e a entrada de água na célula, causa a ruptura da membrana plasmática, fazendo com que os constituintes citoplasmáticos extravasem para o meio extracelular, esses conteúdos induzem a invasão de células fagocíticas (macrófagos) que irão ativar uma resposta inflamatória no organismo.
A necrose afeta várias células naquela região onde ocorreu o trauma, lesionando muito o organismo já que, a necrose não é “querida” pelo organismo.

Apoptose( morte celular programada): Inicialmente, as células sofrem um drástico murchamento de sua estrutura e começa a perder as suas microvilosidades e a desfazer as suas junções intercelulares além de começar a condensar a cromatina, condensando-se na periferia do núcleo. Logo em seguida, a célula começa a sofrer violentas movimentações parecendo que a célula está borbulhando (BLEBBING), isso leva á célula a fragmentar-se em diversos pedaços selados por membrana, são os chamados corpos apoptóticos, mas não há extravasamento de fluidos. Esses corpos apoptóticos expressam no folheto externo da membrana, o fosfolipídeo  fosfatidilserina, que sinaliza que esses corpos serão fagocitados por células vizinhas ou por macrófagos.
A apoptose é ocorre por “vontade” do organismo e como não há extravasamento de fluidos, não há resposta inflamatória (morte silenciosa), além de afetar apenas algumas células, não prejudicando o organismo. A apoptose atua como um meio de controle populacional, onde ocorre super povoamento, o processo de apoptose é induzido, ela atua também como mecanismo de defesa do organismo, por exemplo, se alguma célula for infectada por vírus, o organismo pode induzir a apoptose nessa célula para que o vírus não espalhe pelo organismo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Transporte de lipídeos pelo sangue: LDL e HDL

Transporte de lipídeos pelo sangue: LDL e HDL


A quebra de lipídeos durante a digestão, é catalizado por enzimas chamadas lipases, no entanto, para que elas possam atuar, é preciso tornar os lipídeos solúveis (lipídeos são hidrofóbicos, não se misturam com líquidos, é só lembrar que água e óleo não se misturam), isso é feito por sais biliares que são sintetizados pelo fígado (daí uma pessoa com hepatite não poder comer gorduras) e estocado e secretado pelo vesícula biliar. Após secretada, a bile emulsifica os lipídeos para então serem absorvidos pela parede do intestino, graças á ação das lipases, depois de ser absorvido ele irá ser distribuído pela corrente sanguínea, mas como isso ocorre se os lipídeos são hidrofóbicos e o sangue é um meio aquoso?
Para resolver esse problema, os lipídeos se agrupam com proteínas, formando um complexo chamado lipoproteína solúvel em água, nesse complexo, o centro é formado pelos lipídeos e as proteínas são inseridas para a parte de fora desse complexo, formando uma estrutura esférica.
Essas lipoproteínas se difrenciam quanto ao tipo de apolipoproteína (proteína localizada na superfície que dá estabilidade ao complexo, permitindo a interação com o meio) associada á elas que são:

  • ·         Quilomícrons: responsáveis por carregar os lipídeos diretamente absorvidos da alimentação;
  • ·         VLDL (lipoproteína de muita baixa densidade): responsáveis por carregar os triacilgliceróis do fígado para o resto do corpo;      
  • ·         IDL (lipoproteína de densidade intermediária): são formadas quando os triacilgliceróis são quebrados e retirados das VLDLs assim, voltam para o fígado para ser reaproveitada;
  • ·         LDL (lipoproteína de baixa densidade): são formadas se mais triacilgliceróis forem retirados das IDLs e são responsáveis por destribuir o colesterol pelo corpo;
  • ·         HDL (lipoproteína de alta densidade): são responsáveis por retirar o excesso de colesterol da corrente sanguínea e retomar com esses colesteróis para o fígado.

 Quando dizemos que a lipoproteína é de baixa ou alta densidade, estamos nos referindo a quantidade de proteínas presentes no complexo, ou seja, se a LDL possui baixa densidade quer dizer que possui pouco proteína e muito lipídeo e vice-versa.
 A LDL é chamada popularmente de "colesterol ruim" por distribuir colesterol pelo corpo e a HDL é chamada popularmente de "colesterol bom" por retirar o excesso de colesterol da corrente sanguínea, mas devemos lembrar que nem sempre o colesterol é ruim, pelo contrário, o colesterol e outros lipídeos são muito importantes para o bom funcionamento do organismo, como por exemplo, a síntese de hormônios.





sexta-feira, 1 de junho de 2012

Células - Tronco: a polêmica

As células-tronco são um tipo de célula que possuem a capacidade de se diferenciar, dando origem a diversos outros tipos celulares, como células sanguíneas, cardíacas, musculares entre outras ,ou seja, elas não possuem uma função definida podendo “se transformar em outras células”, e essa transformação (diferenciação) pode continuar uma vez que existem tipos intermediários de células-tronco, que são as totipotentes, as pluripotentes, as multipotentes e as unipotentes. 

As totipotentes são capazes de se diferenciar em qualquer tipo de célula até mesmo as células que dão origem aos tecidos extraembrionários (placenta);

 As pluripotentes são capazes de se diferenciar em todas as células do organismo;

As multipotentes são capazes de se diferenciar em uma série de células, como as hematopoiéticas que dão origem a todas as células sanguíneas apenas;

 As unipotentes são capazes de se diferenciar em apenas um tipo celular, como as células da epiderme (pele).

Por possuir esse potencial de diferenciação que as células-tronco acabam por ser utilizadas em diversos tratamentos terapêuticos como por exemplo, a recuperação funcional do pâncreas de um diabético ou das conexões nervosas de um paciente com mal de Alzheimer. As células mais utilizadas para maior eficiência nesses tratamentos são as células-tronco embrionárias, uma vez que as células-tronco adultas possuem algumas limitações como seu difícil cultivo e identificação.

No entanto, a cada ano, as clínicas de fertilização são obrigadas a "jogar fora" um enorme número de blastocistos (massa interna das células que darão origem ao embrião) que sobram dos tratamentos de fertilização assistida, isso porque pressões de grupos religiosos têm conduzido os governos da maioria dos países a vetar essas pesquisas, mal eles sabem que essas células retiradas dos blastocistos são células muito distantes do que se poderia chamar de feto e com isso, muitas vidas deixam de ser salvas.



 Cells - Stem: the controversy

Stem cells are a cell type that have the ability to differentiate, resulting in several other cell types such as blood cells, cardiac muscle and other, ie they do not have a definite function can "grow into other cells, "and this transformation (differentiation) can continue since there are intermediate types of stem cells, which are totipotent, the pluripotent, multipotent and the unipotentes.


The totipotent are capable of differentiating into any cell type to the same cells that give rise to tissues extraembrionários (placenta);

 
The pluripotent cells are capable of differentiation into all cells of the organism;


The multipotent are able to differentiate into a variety of cells such as hematopoietic cells that give rise to all blood cells only;

 
The unipotentes are capable of differentiating into one cell type, like the cells of the epidermis (skin).


By having the potential to differentiate the stem cells are eventually used in various therapeutic treatments such as the functional recovery of the pancreas of a diabetic or the connections nerve of a patient with Alzheimer's disease. The cells used for greater efficiency but these treatments are embryonic stem cells, since the adult stem cells have some limitations as its cultivation and identification difficult.


However, each year, the fertility clinics are required to "throw away" a huge number of blastocysts (inner mass of cells that give rise to the embryo) that are left of assisted fertility treatments, that because of religious pressures have led governments of most countries to veto these studies as soon as they know that these cells are cells taken from blastocysts far removed from what might be called a fetus and thus, many lives are no longer saved.